Quando um almoço vale ouro!
São quase duas da tarde, oiço chamar o meu nome e o da minha irmã há algum tempo. A voz da minha avó faz-se ouvir no pátio do bairro. Do alto do 3º andar vai gritando “Rita! João! Venham almoçar!”. Logo agora, quando o jogo da "apanhada" estava para começar…
Tinha 8 anos. A fome que sentia era alimentada pela alegria de brincar junto aos meus amigos, os meus vizinhos. Tantas e tantas vezes fui chamado para almoçar, a meio duma corrida, a meio da «apanhada» ou outro jogo qualquer. Corria, corria até casa, para me sentar à mesa, corria para voltar a correr o mais depressa possível para junto dos meus amigos.
Já com 16 anos, o processo era quase idêntico. Depois das aulas pela manhã, ligava a moto, e logo, logo me punha a caminho de casa, para almoçar. Tão depressa ia como voltava, para me juntar aos amigos, novamente na escola, num café ou outro espaço qualquer de convívio.
Na faculdade, a história não mudou. Almoço em passo apressado para regressar ao convívio dos amigos, mesmo quando o mesmo era partilhado na cantina, era apressado. Não tantas vezes quanto devia ele era apressado para que pudesse assistir às aulas da parte da tarde, mas sim para regressar ao convívio dos restantes amigos.
São agora onze da manhã. O pequeno-almoço que degustei há praticamente 3 horas já se foi. Sinto o estômago vazio. A noite de sono mal passada abate-se sobre mim, mas o trabalho não me deixa repousar. Anseio, anseio pela hora de almoço. O momento do dia em que faço uma pausa, saboreio uma refeição, relaxo um bocado, converso com os colegas de trabalho que são agora meus amigos. “Recarrego baterias” para o resto de dia de trabalho.
Agora que já trabalho, o almoço vale ouro. Primeiro, porque pago por ele e bem por aqui (quando tinha 8 anos era me colocado no prato, em cima da mesa, à frente da cadeira que esperava por mim, até há pouco tempo era “subsidiado” pelos pais), dou-lhe mais valor, é bom que seja bom. E vale ouro pela pausa que me permite, a descontracção que me confere.
São onze da manhã e como eu queria ouvir “oh João! Vem almoçar!”
São quase duas da tarde, oiço chamar o meu nome e o da minha irmã há algum tempo. A voz da minha avó faz-se ouvir no pátio do bairro. Do alto do 3º andar vai gritando “Rita! João! Venham almoçar!”. Logo agora, quando o jogo da "apanhada" estava para começar…
Tinha 8 anos. A fome que sentia era alimentada pela alegria de brincar junto aos meus amigos, os meus vizinhos. Tantas e tantas vezes fui chamado para almoçar, a meio duma corrida, a meio da «apanhada» ou outro jogo qualquer. Corria, corria até casa, para me sentar à mesa, corria para voltar a correr o mais depressa possível para junto dos meus amigos.
Já com 16 anos, o processo era quase idêntico. Depois das aulas pela manhã, ligava a moto, e logo, logo me punha a caminho de casa, para almoçar. Tão depressa ia como voltava, para me juntar aos amigos, novamente na escola, num café ou outro espaço qualquer de convívio.
Na faculdade, a história não mudou. Almoço em passo apressado para regressar ao convívio dos amigos, mesmo quando o mesmo era partilhado na cantina, era apressado. Não tantas vezes quanto devia ele era apressado para que pudesse assistir às aulas da parte da tarde, mas sim para regressar ao convívio dos restantes amigos.
São agora onze da manhã. O pequeno-almoço que degustei há praticamente 3 horas já se foi. Sinto o estômago vazio. A noite de sono mal passada abate-se sobre mim, mas o trabalho não me deixa repousar. Anseio, anseio pela hora de almoço. O momento do dia em que faço uma pausa, saboreio uma refeição, relaxo um bocado, converso com os colegas de trabalho que são agora meus amigos. “Recarrego baterias” para o resto de dia de trabalho.
Agora que já trabalho, o almoço vale ouro. Primeiro, porque pago por ele e bem por aqui (quando tinha 8 anos era me colocado no prato, em cima da mesa, à frente da cadeira que esperava por mim, até há pouco tempo era “subsidiado” pelos pais), dou-lhe mais valor, é bom que seja bom. E vale ouro pela pausa que me permite, a descontracção que me confere.
São onze da manhã e como eu queria ouvir “oh João! Vem almoçar!”